Eles ficaram daquele jeito por uns cinco minutos, abraçados e pensando em tudo sem dizer nada. Fora grave o acidente dele, mas nehuma consequência foi a maior prova de que tudo está tranquilo. A cena da vida veio rápida mas límpida pra ela, o dia de uma chuva torrencial que selou a união e ele sereno esperando a chuva passar, a primeira decisão e ele em apoio, depois quinze em quinze dias em dois anos e ele chegando, as mudanças de casa e ele ao lado, as brigas e ele ora culpado ora não, o momento sublime do parto, três choros e ele presente e sorrindo com os olhos, a segunda decisão e ele feliz, o verdadeiro reencontro, os novos desafios e eles juntos. O km 162, o caminhão, o choque e ele só. Mas por fim a vida fatiada em milagre.
Tanta energia junta fez zerar o taxímetro. Ainda se está pálido, mas quem não estaria?
Então, o abraço se desfez e nos olhos fez-se tamanha cumplicidade que se podia ver. Assim mesmo, sem nenhuma palavra.
Fruta como botão, pretinha, redonda. Alegria dos passarinhos da árvore da casa do Seu Lauro. Feito os olhos, os meus. Eu vejo conto e invento. Eu por aqui me apresento.
07/12/2007
Assinar:
Postar comentários (Atom)

eu sou

- Cice Galoro
- Gosto de boniteza, de arrumação, da moda dos anos 30. De margaridas e pérolas verdadeiras. Gosto da noite, de gente dando risada, do colorido de um prato de feijoada. Gosto de sair e de mudar, gosto de família, de amigos e com eles estar. Gosto de dança e de criança, e gosto muito, muito do mar.
Um comentário:
Cice,
Exatamente o que significa isso?
Tem um peixe vivo e gelado se remexendo no meu estômago!
Te amo
Ju
Postar um comentário