Ela continuava melancólica. Muito diferente de triste, a sensação era apenas de um certo aperto. No fundo, depois de tantos anos ela sabia que não tinha jeito, que o que se queria, teria de ser mais devagar, teria que ser no ritmo do tempo que não é de ninguém, tão pouco era seu.
Havia planos pra quando a espera acabasse, ótimos e aguardados, porém ainda só planos. E era bom que fosse assim para que não deixassem de ser planos para serem apenas saudades. Então passou mais um dia, e mais uma noite. Um telefonema diminuiu uma pergunta, mas não a espera que ao que se prometia estava perto de acabar.
E a melancolia culpada, porque afinal de contas não havia mais nenhuma razão para ela, deu espaço ao sono, às horas que você não percebe, mas sonha junto com o barulhos dos ponteiros.
E assim deu-se mais uma madrugada, e amanhã ela aguarda o sol.
Fruta como botão, pretinha, redonda. Alegria dos passarinhos da árvore da casa do Seu Lauro. Feito os olhos, os meus. Eu vejo conto e invento. Eu por aqui me apresento.
04/12/2007
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eu sou

- Cice Galoro
- Gosto de boniteza, de arrumação, da moda dos anos 30. De margaridas e pérolas verdadeiras. Gosto da noite, de gente dando risada, do colorido de um prato de feijoada. Gosto de sair e de mudar, gosto de família, de amigos e com eles estar. Gosto de dança e de criança, e gosto muito, muito do mar.
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