31/08/2010

crítica corporativa

Ando bem sem saco dessas coisas de empresa. Sei lá se é porque tô longe disso ha um bocado, não posso mais com certas baboseiras de quem vive de crachá pendurado no pescoço. Tem um povo que merecia tá com a corda pendurada no pescoço, e eu confesso que passava lá e dava o chute na cadeira. Pensando bem, sim, esses Manés estão mesmo com a corda no pescoço, e por isso fazem o que fazem, sentem do jeito que sentem, tripudiam do jeito que tripudiam e acreditam que trabalhar numa empresa e ter um cargo bacana é o mais importante da vida. Coitados.
Toda regra tem exceção claro, mas hoje em dia achar os bons é tão raro. O vírus do "foda-se, você" tomou conta do mundo. A maioria não respeita nada, faz do oportunismo a sua bíblia e do tira do meu, a sua rota. Não pode, gente. Não pode.
As mesmas pessoas que tomam atitudes corporativas escrotas, que aceitam as regras da banalidade, estão acatando, concordando com a falta de escrúpulo, com a covardia, dando às costas para o coletivo. São essas mesmas pessoas que se omitem, e o pior ensinam a omissão, em todos os aspectos. Porque a vida continua depois das 12h de trabalho, e as omissões também.
Ninguém tá lembrando que o homem aprende por exemplos, e não por palavras. Ninguém tá interessado no todo, só em si. Ninguém percebe os filhos que crescem sem arestas, sem limites.
Eu hoje reclamo aqui algo que me incomoda, é a mais pura verdade, que mexe com os meus. Talvez não fosse isso, não tivesse despertado, mas como vejo não quero fazer parte. Luto com minha ira escorpiana contra esses porras e suas empresas de merda.
Ninho, de cobra.

25/08/2010

grow up




Dentinhos caindo, banhos sozinhos, a leitura - ahh a leitura! A escrita na letra de mão. Belos sinais do crescimento, da autonomia que se vai conquistando com os anos. Daqui a 14 dias os pequenos estão com 7. Conversas novas, agora com os melhores amigos. As próprias escolhas, o reconhecimento entre o que se quer e o que se pode. O cuidado é apenas manter o estímulo para a espontaneidade, tão importante, que leva à coragem de arriscar. Nas brincadeiras eu digo, devolvam meus bebês, vocês comeram eles e por isso cresceram desse jeito, e eles riem que só. Na verdade meu sentimento é, sigam queridos, a vida é todinha de vocês.
Sigam bem assim, junto com Nossa Senhora vou acompanhá-los pra todo o sempre!!!

20/08/2010

estigma

E todo dia 20 eu me sinto assim, chorosa, sozinha, pra baixo. Como se essa data trouxesse pro oxigênio a dor, e eu respirasse ela. O duro é que penso que pra sempre será desse jeito. 10 com 10, agora me dão lágrimas...

17/08/2010


Isso!
Salta, voa.
A vida é assim mesmo boa.
Vai virando, pulando.
Pé descalço e flutuando.

Por isso agora eu sei,
que nem rainha ou rei,
E até mesmo melhor que a dança,
Só o que vale é ser criança.

sossega o rabo!

Bom mesmo é sossegar o facho, deixar tudo fluir, permitir acontecer. Esquecer as horas, os débitos, as mágoas, as trincas. Porque o que é, é, e pronto. A gente insiste demais, teima demais com tanto pensamento. Liberando a mente, o desenho se faz sozinho, se ajeita, e no final tudo concorda com ele. Boa sensação essa. Muito boa.

12/08/2010

Diferente&Contente

Minha vida tem estado muito diferente do que imaginei aos 41. Sempre me vi em guerra, na luta, no front. Carreira a milhão, sem tempo pra nada. Na loucura de uma executiva famosa. Mas a verdade é que hoje sou apenas eu mesma, aqui na eii Granja, acompanhando a rotina da casa e de um negócio que não quer mais provar nada pra ninguém, só dar uma grana pra valer o motivo. Engraçado de tudo, é que eu tô muito diferente do que sonhei, muito, mas sei lá porque tô contente. Escorpiana que sou, uma boa dramaticidade na vida me faz falta, aquela intensidade que não adianta nada, sabe? E aí por algumas horas questiono o inquestionável, mas logo passa e volto eu pra uma rotina que não imaginei que gostaria um dia de ter. Mas num é que eu gosto?

09/08/2010

jóias raras


Adoro receber elogios sobre meus filhos, quem não gosta não é? Mas é que se os elogios não fossem tão merecidos, eu sei que ia gostar, mas no fundo saberia a verdade. Só que no caso, meus tricos realmente são crianças especiais.
Eles nunca foram de fazer encrenca à toa. São respeitosos e amorosos um com o outro. Respeitam também os amigos, os espaços de cada um. São gentis e tem bom senso. É, porque criança também deve ter bom senso. Brincam, participam, mas esperam, dão a vez, compreendem. E essa história não é de agora aos quase 7 anos não, foram sempre desse jeitinho.
Eu fico um orgulho só. Feliz mesmo porque não são um nem dois a dizer isso, são muitos, e de todos os lados.
Todo ano me perguntava se o colégio que eles estudam é bom, se precisaria estimular mais atividades pra eles, se isso ou aquilo. Esse ano decidi ficar mais perto deles, e com isso mais perto de mim também e de nós. Que boa essa decisão.
Não percebia que as dúvidas eram somente minhas. Porque eles estão bem, são inteligentes e queridos. E mais que isso, eles estão reconhecidos pelos outros, e sabem sozinhos, reconhecer quão valoroso isso é.

Filhotes, sejam sempre assim. Mesmo quando parecer que de outra forma seria melhor, mantenham-se desse mesmo jeitinho.
A vida sempre irá retribuir o melhor pra vocês.

05/08/2010

Cice Teresa de ah, tá!

A cada lugar que vou faço um amigo. Não é exibicionismo, juro - é isso mesmo. Verdade é, que escolho se os quero, e isso eu sei que preciso melhorar. É que sei lá, minha intuição me aponta pra quem precisa ouvir algo que eu possa falar naquela hora, ou apenas para alguém que quer falar algo que eu possa ouvir. E assim, uma simples atenção, vira sorriso a cada 5 minutos de alguém que sequer você conhecia a 5 minutos também. Eu prefiro ouvir histórias, quaisquer delas, as felizes e ingênuas mas também aquelas com fundo de muito sofrimento pra entregar um pouco de brincadeira da vida. Nessas duas semanas, esbarrei com uma mãe que perdeu sua filha mais velha, vítima do câncer e um menino de 21 anos, depressivo, ex-drogado que tentou o suicídio. Aos dois entreguei alegria e consegui os ver sorrir. Vi os dentões deles aparecendo e gostei. De um jeito não suficiente, mas possível para o momento, sei que tirei as angústias daqueles olhares, e mesmo por tão pouco tempo, voltei pra casa feliz da vida, e mais ainda feliz da minha vida. Ultimamente tenho tido vontade de ajudar, ajudar, ajudar. De ser mais tolerante, menos crítica. Vou na missa e fico por um triz pra me oferecer fazer parte da comunidade. Tenho estado atenta às qualidades dos outros, e tentado montar um jogo de como os defeitos poderiam estar melhores. Sei também que não faço isso porque uma luz branca raiou sobre a minha cabeça e cá estou eu, Cice a santa. Qual o quê. Tenho percebido que quanto mais doamos, de verdade, mais temos, e que o exercício da gentileza gera a gentileza é duro, mas eficaz. Como não sou boba nem nada, continuo querendo as mesmas coisas que sempre quis, materiais inclusive, mas agora de um outro jeito, mais simples talvez, mais fáceis talvez, por isso procuro fugir das minhas armadilhas do mal. Aquelas que me fazem ser grossa com as pessoas, rude, impaciente. Luto contra um jeito italiano e encrenqueiro que me deu muito, mas não tudo o que eu queria. Na verdade estou apenas admitindo um dom que tenho, o de gostar de gente. Rezo pra conseguir.

03/08/2010

dos mestres


"Nasci aqui mesmo no Rio de Janeiro, três meses depois da morte de meu pai, e perdi minha mãe antes dos três anos. Essas e outras mortes ocorridas na família acarretaram muitos contratempos materiais, mas, ao mesmo tempo, me deram, desde pequenina, uma tal intimidade com a Morte que docemente aprendi essas relações entre o Efêmero e o Eterno.
(...) Em toda a vida, nunca me esforcei por ganhar nem me espantei por perder. A noção ou o sentimento da transitoriedade de tudo é o fundamento mesmo da minha personalidade".
(...) Minha infância de menina sozinha deu-me duas coisas que parecem negativas, e foram sempre positivas para mim: silêncio e solidão. Essa foi sempre a área de minha vida. Área mágica, onde os caleidoscópios inventaram fabulosos mundos geométricos, onde os relógios revelaram o segredo do seu mecanismo, e as bonecas o jogo do seu olhar. Mais tarde foi nessa área que os livros se abriram, e
deixaram sair suas realidades e seus sonhos, em combinação tão harmoniosa que até hoje não compreendo como se possa estabelecer uma separação entre essesdois tempos de vida, unidos como os fios de um pano".

Contente-se com o que tem


Gordão e com bigode, aquele era o tipo de gênio da lâmpada que eu jamais imaginaria. Meio Seu Manoel de Albufeira e meio Giuseppe da Calábria, ele falava alto e não entendia um só pedido meu. Porra gênio, não tem outros assim que fazem o que vc faz? É mas não tinha, na minha vez dei uma topada com o pé na lâmpada de um gênio topeira.
Pedi antes de mais nada que ele ficasse mais perto de mim, porque o cara gritava do outro lado da rua e eu não entendia as regras. Foi-se o primeiro pedido - não mas isso não era um pedido, pedido, era só pra gente se ouvir. Não teve jeito, o tal gênio fora treinado por telemarketings. Mais alguma coisa senhor? Em que posso estar te ajudando ainda?
E assim fiquei eu e o gênio ali, porque não podia desperdiçar o outro desejo. Sim, só dois... a notícia é que atualmente os pedidos foram reduzidos. Dois e não se fala mais nisso. Bom, um foi-se no atravessar da rua, o outro tinha que ser muito bem pensado.
Ah, já sei - quero ser um gênio, assim eu mesmo posso me realizar.
Pá, puff, pam, croinck, sleptz - pronto. Puta que pariu!!! Pedido concedido.
Descobri que aquela anta, desde sempre, era eu.

guardadinho

eu sou

Minha foto
Gosto de boniteza, de arrumação, da moda dos anos 30. De margaridas e pérolas verdadeiras. Gosto da noite, de gente dando risada, do colorido de um prato de feijoada. Gosto de sair e de mudar, gosto de família, de amigos e com eles estar. Gosto de dança e de criança, e gosto muito, muito do mar.