27/01/2020

Japamala


É preciso repetir o amor. Sussurrar tantas vezes ele couber em você. Fazer sair, ecoando, ecoando.
Livre.
A voar o vento das emoções.

09/01/2020

Cão de ló

Pisquei os olhos e é quinta-feira (quase sexta, já). O final desta semana de tanta correria e calor, trouxe tempestades de raio e trovão para lavar a alma. Eu olho o Nadal na chuva, ele ama! Ele corre pra lá e pra cá e late e fica feliz e se alegra porque esfria todo o quente do dia que ele passou. Eu vou lá olhar o que ele fica fazendo para encorajar a minha alma de amor feito a dele. Para esfriar o meu quente espontaneamente, sentindo, deixando a água cair por puro instinto e entrega nessa tamanha alegria que dá essa chuvarada. O Nadal é muito sabido. Já que chove cântaros, correr na chuva e alegrar-se, é a sua dica para todos nós. 😍

Terra do Sol nascente

Eu ficaria horas, dias, contando sobre o Japão. Agora, sentada aqui no portão de embarque, resumo o que espero, sinceramente, ter a capacidade de repetir como pessoa.  O aprendizado que ganhei das três coisas que escolhi como as mais marcantes para mim desse lugar maravilhoso.  1 - O silêncio. Um silêncio que o som pode fazer. Leve, não sem pressa, mas calmo, focado. O silêncio do todo que parte da atenção de cada um consigo e com o coletivo. O silêncio de ouvir o vento e o pássaro nas avenidas habitadas de movimento. Silêncio.  2 - O respeito. O verdadeiro respeito traduzido em todas as atitudes. A beleza de vê-lo demonstrado nas pessoas para o seu país e do país para a sua gente. Respeito como disciplina escolar mais importante que física e química, respeito como princípio e não fim. Respeito. 3 - O tempo. O tempo de antes e do agora, das tradições mantidas na mais alta modernidade. O tempo misturado, contido um dentro do outro. Dos samurais às executivas, da vida que mantém sem enquadramento de espaço, as bases que constroem o hoje e sem esquecimentos displicentes, que asseguram o amanhã. O tempo sem tempo. Tempo.

Me despeço absolutamente agradecida por essa passagem. Agradecida e engrandecida, desejando que todos aqui sejam muito felizes, cada um que vive aqui.

Japão, até breve! 
Até a volta! 🇯🇵❣️

(De dezembro /2018)

Que nem galinha

Debaixo das asas, papai e mamãe sempre assumiram que gostam mesmo é dos filhos debaixo de suas asas. Eu lembro da cara feia quando dizia vou dormir na casa de fulano, até na casa da madrinha eles gostavam médio, o papai beeem pior nisso. Mas esse jeito "vem todo mundo pra cá", nunca foi posse, foi cuidado e é tão bom saber disso. Fui criada solta, livre, na rua, incentivada a experimentar novidades, viajei, conheci muitos amigos, morei longe, mas sabendo que na minha casa sempre esteve todo o meu amor. Debaixo das asas. Hoje eu vejo que o que acontece é que mesmo diferente, a gente vai repetindo a vida, vai buscando na nossa história as referências, vai se segurando nelas, por isso é tão fundamental lembrar das noites simples, onde estavam todos dentro de casa e vinha primeiro a mamãe lá olhar na cara da gente na cama, como dizendo em silêncio - tudo meu aqui, que bom! E depois o papai indo ver se as janelas estavam fechadas e cobrir até o ombro meus irmãos e eu dizendo, apaga essa luz e dorme agora! lembranças tão boas, principalmente nestes tempos que a gente teima em se preocupar em ser recipientes de teorias. O que me ensinou o que sou, agora eu sei, foi o grude que a gente sempre foi, não o resto. Saber disso enche o meu coração. Que bom que é Natal para eu agradecer esse verdadeiro presente. Tá todo mundo aqui, debaixo das minhas asas, pai. A mamãe continua no meu pé. 😍
(De dezembro de 2018)

guardadinho

eu sou

Minha foto
Gosto de boniteza, de arrumação, da moda dos anos 30. De margaridas e pérolas verdadeiras. Gosto da noite, de gente dando risada, do colorido de um prato de feijoada. Gosto de sair e de mudar, gosto de família, de amigos e com eles estar. Gosto de dança e de criança, e gosto muito, muito do mar.