Todo mundo se aconchegando nos lugares escolhidos para virar o ano, renovando as expectativas e sonhos. Toda prova que o tempo não é cobrado em dias tá aí... o tempo é contado no amor, naquilo que queremos e fazemos na virada de 24 horas ou apenas 10 segundos. Por esperança renovada em todos os corações, por aqueles que estão ou ficam sós. Que neste milésimo de tempo cada um encha seu coração de outros. E nunca mais estejam sozinhos. Eu gosto de vésperas 😍
Fruta como botão, pretinha, redonda. Alegria dos passarinhos da árvore da casa do Seu Lauro. Feito os olhos, os meus. Eu vejo conto e invento. Eu por aqui me apresento.
23/11/2020
De 2017 para 2018
Todo ano, assim nesse finalzinho, eu analiso como foram a maioria dos meus dias neste percurso, aí defino se tive um ano bom ou ruim. Tenho aprendido a corrigir esse pensamento lembrando que tudo o que acontece é para o bem e sendo assim, porque é, ainda posso ter gostado mais ou menos de certas coisas vividas. Olhando para 2017, afirmo sossegada que eu gostei muito mais dos meus dias do que menos. Eu ganhei muito neste ano ímpar. Aprendi um absurdo, certamente em 365 dias, o que em 17.885 (49 anos) eu ainda não soubesse. Fui presenteada com a amizade, fortalecendo aqueles amigos que já são muito meus, revendo e convivendo com outros, grata pelo tempo ter trazido eles de volta... grandes amigos que estavam longe de mim. Também fiz amizades novas, algumas já existiam mas, vamos dizer assim, cravaram a bandeira do best friend forever agora, como diriam as crianças, meus "bffs" e outros queridos - de fato novos, mas sei que serão para sempre. Senti que meus filhos foram amados e respeitados por gente que eu gostei demais que tenham entrado na vida deles, assim como toda mãe quer sentir. Ultrapassei erros meus já conhecidos, aprendendo mais um pouquinho sobre que atraso seria repetí-los. Tive com o Cesar um ano de muita união, muita, meu amor esse gordo. Fomos um - de arrepiar o braço, com força e coragem, honrando e fazendo bonito o que juramos, na alegria e na tristeza, manja? Vi boas decisões, acompanhei conquistas e alegrias que nem eram minhas, mas passaram a ser quando me alegraram também. Recebi, recebi, recebi. Muito generoso comigo esse universo, então quero agradecer: Universo seu lindo, obrigada!
Familiar
Não tem nada nesse mundo, nada e nadica que tira lágrima e sorriso - perto assim um do outro, como a família da gente. De felicidade e de um pouco de tristeza, da saudade ou dos momentos de chegar. Com saúde ou às vezes precisando de um cuidadinho. A gente ri e chora por saber que nesse pedaço de vida, o que é nosso ninguém tasca. Tem amigo que é família e tem família que sei lá, tem também. Mas o bom é esse aconchego, esse é o melhor do mundo. Eu não sei o que é o tal sei lá, a minha família sempre foi a melhor emoção do meu viver e eu gosto de ver que não sou só eu. Eu adoro ler famílias e ver elas por todo o canto. Propício para um final de semana que chegou virado de alegria e para uma semana que, se Deus quiser, vai ser da mesma forma com todo mundo por perto.
2020, pandemia.
Sinto aqui dentro de mim que tudo é mesmo pelo amor. Não consigo entender como esse momento ainda não traz a tona para todos, todinhos que é só sobre isso. Entristece meu coração olhar nas ruas pessoas iguais a antes, como se mergulhar na ignorância dos fatos, estivesse acima de viver. Desmerecer a vida é muito diferente de não ter medo de morrer. As pessoas se escondem atrás da falta. Falta de que? De dinheiro? De suportar? Há possibilidade de tudo ser mais justo, até o dinheiro ser melhor dividido depois disso, contudo se o ponto de partida for apenas esse, vamos continuar exatamente no mesmo lugar. É urgente que esse desprendimento exista para que o equilíbrio aconteça. Enquanto um titubear, mesmo que seja por maldade ou ignorância, vamos estender essa dor. Qual é o seu propósito, o meu, o seu ponto de atenção e cuidado, pra onde olham seus olhos e sente o seu coração? Não é sobre técnica, não é sobre sabedoria. Não é sobre confinamento e nem sobre fome. É sobre perceber que não adianta espernear e que, simples, se a natureza decidir... Acabou.
Sobre amar infinito
Nunca foi fácil sair com o Nadal de carro, com a energia a mil por cento, para os latidos e pulos de um banco pra outro sem parar só com um bom fone de ouvido, uma coleira potente à prova de salto à distância e uma máscara inventada antes da pandemia, para sobreviver à chuva de pelos longos e macios voando pra lá e pra cá. A vontade de latir pra fora, pra rua, de mostrar toda a felicidade de viver, pra mosca que tava voando, pra moto passando, pro porteiro cumprimentando, pro ônibus parado, qq coisa que ele pudesse fazer para interagir e sentir o mundo tava valendo. Eu sempre soube disso, sempre senti a vontade dele, mas como abrir o vidro? Não dava! porque o tamanho dessa euforia sempre foi proporcional à pureza de achar que o mundo era bondade igual e que talvez correr pela Raposo Tavares, tudo bem ué.... Ah, lembrei, teve um dia que vendo que tava tudo dominado, ele bateu a pata no botão e o vidro de trás zummmm, começou a descer. E o desespero de segurar na coleira com o carro andando a alegria de quem finalmente ia colocar a cara pra fora!
Piscadinha
Nesse pisca pisca de sono bagunçado, eu entendo que aqui nós somos amontoados, que a lógica perde a léguas pro sentimento, que o que se quer mesmo, é ficar pertinho e não certinho. Tenho muito trabalho pela frente. Ainda bem que o amanhã já está escrito. Ainda bem.
Smack triplo
Escolhi ser a gorda do gordo - corta para a minha infância - cresci vendo meu pai chegar em casa e a primeira coisa que ele fazia era ir beijar a minha mãe, três selinhos rapidinhos assim, oi prê, smack, smack, smack. Rotina sagrada e bonita de ver. O dia podia ter sido exaustivo ou tranquilo, não tinha chabu, era da mamãe o primeiro beijo. Depois é que ia olhar em volta para vir beijar a gente também, nunca antes (o Flávio e a Lu estão aí pra dizer). Cresci vendo um amor que fez sentido pra mim e que desejei construir igual. Fui uma adolescente da pá virada, mas na hora que achei o César, aquele olho cor de mel taí, fez sentido pra mim. Eu sabia que queria estar com ele porque minha mente aquietava, eu ficava tranquila, sossegada e tinha certeza que iam ser meus os primeiros beijos dele - volta para o motivo do post - Acertei nesse sentir, claro que entre desacordos e grandes conversas, até hoje, 23 anos juntos, é a mão de almofada dele que deixa meu coração esquentar, são os olhos que eu quero ver quando eu to engastalhada com bobagens. São as poucas palavras que ele usa que iluminam clarão um breu só e é o seu jeito simples de ver a vida que me apoia na hora que o bicho pega.
Bee
zum zum... leva teu pólen abelha querida. listradinha pequena velocista. Fico te vendo chegar no infinito de uma flor à outra. Pétala. Belezas muitas da vida próspera, leve, que ergue o mundo e regenera. Tuas asas, o infinito. Voa por mim. Voa.
O oitavo signo
Vem chegando escorpião, sempre teimando em querer vir mandando recado mal criado pelos outros, como se eu fosse ainda menina pra aceitar essa provocação e essa brabeza toda. Hoje lido com essa inquietude que não mais em mim está porém sei bem reconhecer, ah entorno que sinto... e meu papo com o percurso já mais curto, de mais um ano a se cumprir, é para o espírito que no mistério desse signo tem um tanto. Todo o resto ainda diz que importa, mas to nem aí, acaba por ser só passagem.
25/05/2020
Pílulas
24/04/2020
Metabavana
20/04/2020
Até breve
27/01/2020
Japamala
09/01/2020
Cão de ló
Terra do Sol nascente
Que nem galinha
(De dezembro de 2018)

guardadinho
eu sou

- Cice Galoro
- Gosto de boniteza, de arrumação, da moda dos anos 30. De margaridas e pérolas verdadeiras. Gosto da noite, de gente dando risada, do colorido de um prato de feijoada. Gosto de sair e de mudar, gosto de família, de amigos e com eles estar. Gosto de dança e de criança, e gosto muito, muito do mar.