Escolhi ser a gorda do gordo - corta para a minha infância - cresci vendo meu pai chegar em casa e a primeira coisa que ele fazia era ir beijar a minha mãe, três selinhos rapidinhos assim, oi prê, smack, smack, smack. Rotina sagrada e bonita de ver. O dia podia ter sido exaustivo ou tranquilo, não tinha chabu, era da mamãe o primeiro beijo. Depois é que ia olhar em volta para vir beijar a gente também, nunca antes (o Flávio e a Lu estão aí pra dizer). Cresci vendo um amor que fez sentido pra mim e que desejei construir igual. Fui uma adolescente da pá virada, mas na hora que achei o César, aquele olho cor de mel taí, fez sentido pra mim. Eu sabia que queria estar com ele porque minha mente aquietava, eu ficava tranquila, sossegada e tinha certeza que iam ser meus os primeiros beijos dele - volta para o motivo do post - Acertei nesse sentir, claro que entre desacordos e grandes conversas, até hoje, 23 anos juntos, é a mão de almofada dele que deixa meu coração esquentar, são os olhos que eu quero ver quando eu to engastalhada com bobagens. São as poucas palavras que ele usa que iluminam clarão um breu só e é o seu jeito simples de ver a vida que me apoia na hora que o bicho pega.
Fruta como botão, pretinha, redonda. Alegria dos passarinhos da árvore da casa do Seu Lauro. Feito os olhos, os meus. Eu vejo conto e invento. Eu por aqui me apresento.
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eu sou

- Cice Galoro
- Gosto de boniteza, de arrumação, da moda dos anos 30. De margaridas e pérolas verdadeiras. Gosto da noite, de gente dando risada, do colorido de um prato de feijoada. Gosto de sair e de mudar, gosto de família, de amigos e com eles estar. Gosto de dança e de criança, e gosto muito, muito do mar.
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