30/06/2008

cara de quê?

De sorrisos a vida dela era lotada, mas as pessoas sorriam apenas pra constar a abertura de lábios. Que triste esse tipo de risada, a que nem soa. Ela sabia ao certo cada cor amarela que lhe aparecia na frente, e aos poucos foi desenvolvendo a maneira de não ligar pra isso. Então, vivia dizendo o que muitos não entendiam sobre o mais importante ser o humor, o bom humor. Que dureza conviver com as sobrancelhas fechadas e rugas formadas. Caras de bosta. E na maioria das vezes isso é o que servem todo dia. Mas mesmo assim, determinada aos bons ventos, ela insistia no verdadeiro riso e seguia, e o bom humor ia onde ela ia, enquanto as caras de sal continuavam ali, achando, fingindo, perdendo tempo. Coitadas.

2 comentários:

Vanz disse...

eu já sabia, mas algo me prendia para não dizer. mas agora eu digo: caralho cice, você escreve bem pra porra! temos mesmo que seguir a idéia da carol campos e fazer sarau entre nós: seus textos são de cair o queixo lá pro joelho e do joelho lá pro bueiro.

obrigada pelo carinho. ter você comigo ontem, gritando "vai, van", foi a dose de coragem que o vinho não conseguiu me dar.

agradeço. agradeço. agradeço.
beijos.

Ana Paula Marques disse...

Coitada delas e de quem fica longe de você e do seu bom humor contagiante.
Daqui te amo mais ainda,
Ana


guardadinho

eu sou

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Gosto de boniteza, de arrumação, da moda dos anos 30. De margaridas e pérolas verdadeiras. Gosto da noite, de gente dando risada, do colorido de um prato de feijoada. Gosto de sair e de mudar, gosto de família, de amigos e com eles estar. Gosto de dança e de criança, e gosto muito, muito do mar.