
Medalha é medalha. Dois bronzes e um 13 lugar até agora. Tá bom ué, afinal de contas que incentivo se têm, ou se dá para o esporte sem ser nessas épocas?
Lá em casa Olimpíada é solene, só perde pra Copa do Mundo. César assiste aos jogos de pé, torcendo. Comenta, vive os passos, os saltos. O Brasil vai bem.. mal, a gente sabe, mas há de quem fale isso perto dele. Não pode. Nosso papel é torcer e admirar cada feito. Só o fato de terem ido já merece respeito, e eu admiro o César por isso.
Ele foi atleta. Campeão Sul Americano dos 100 m rasos em corrida. Um corisco. Corria no interior de São Paulo até chegar na capital e depois na Venezuela, onde colocou pela primeira vez uma sapatilha no pé, e voou. Medalha de ouro e recorde Sul Americano. 10 segundos cravados pra deixar o treinador dele com cara de chulé, porque o tal do Primo, só apostava no japonês que corria como primeiro atleta.
Depois disso só medalhas e medalhas, até o brilhante convite para ser o quarto homem do revezamento 4 X 100 nas Olimpíadas de Montreal. Não ele não foi. A vida reservou outras medalhas, um caminho diferente e sem arrependimento. Só, que eu sei que se o César estivesse naquela raia, ele tinha feito suas rápidas passadas com respeito e concentração. Bonito, leve e dedicado como tudo o que ele fez e faz depois de todo o seu talento ter migrado pra outro lado. Eu sei que ele voltaria com uma medalha no pescoço.
Gordo, te ver assistir as Olimpíadas, esperar a abertura dos jogos, cantar o hino, defender os atletas, amar nosso país por mais chinfrin que a gente seja, ensinar nossos filhos a disciplina do esporte, e perceber nos teus olhos o brilho de quem já sentiu o que é representar sua pátria e seus valores, me dão tanta alegria... Sou melhor assim e te agradeço.
Meu eterno campeão!
Um comentário:
Cice,
Se eu juntar com o César serão 2 semanas sem nem uma hora de sono.
A D O R O olimpíadas.
Sofro, vibro, choro e acredito: vencedores lutam até o fim por suas conquistas.
Beijos
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