12/02/2008

caracol

Quando eu era pequena, lá no páteo do colégio Espírito Santo, tinha um caracol desenhado no chão. Colorido. Um tipo de jogo da felicidade, porque pra ganhar você tinha que pular os números em círculo até chegar no sorriso do caracol. Eu lembro daquele sorriso.

Depois desses dois meses, pra ser otimista, indo e vindo atrás de um monte de querer, ontem descobri que jogava no caracol da minha vida. Um jogo sem a consciência da criança, que é mais sábia e já enxerga logo o sorriso, mas precisei pular números coloridos que às vezes até pensei que fossem preto e branco, em círculos, pra entender que é necessário soltar e deixar-se guiar pelas regras da vida, pintadas aflitas no páteo da sua teimosia.

Só sei que em círculos, cheguei no sorriso do caracol e tive a sensação de ganhar o jogo. Mas só hoje. E aí lembrei do desenho do páteo, grande, alegre. E de mim pequena, solta e soltando a pedrinha da minha mão pra pular o próximo número.

Agora fico onde estou, na certeza que andei léguas de aprendizado.

Obrigada anjo caracol. Tô contigo!

Um comentário:

Unknown disse...

Cice...
Você acha que chegou no caracol só hoje?
Pois eu acho que você é sempre no sorriso.
Longe dele não combina com vc!


guardadinho

eu sou

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Gosto de boniteza, de arrumação, da moda dos anos 30. De margaridas e pérolas verdadeiras. Gosto da noite, de gente dando risada, do colorido de um prato de feijoada. Gosto de sair e de mudar, gosto de família, de amigos e com eles estar. Gosto de dança e de criança, e gosto muito, muito do mar.