Puxei aqui na minha memória o tempo dos meus 15 anos. Eu lembro de ter tido uma festinha em casa, até mais simples do que as de sempre, tenho flashes das coisas acontecendo e me vem o presente dos meus pais.
Lembro da minha mãe meio segurando a vontade de fazer as vezes e do papai puxando um saquinho de veludo e me entregando na mão. Um solitário. Um brilhante lindo, um anel.
Era de um anel que as meninas de 15 na minha idade viviam. Tinha o baile também, eu mesma fui convidada para dançar em muitas festas de amigas minhas, fiz pelo menos uns 3 vestidos na Dona Elvira, a costureira (lembro tão bem de um azul de mangas bufantes transparentes), mas isso era pra quem sentava na gaita.
Em casa sempre foi na risca e o solitário que ganhei fez o papai e a mamãe suarem a camisa para pagar em vezes. Mas deu certo. Ele está ainda brilhante, brilhante como a minha juventude, que aos 15 já movimentava uma vida cheia de aventuras, alegrias e memórias que eu adoro ter.
Agora chegou a vez dos meus filhos. Caramba... os tricos fazem 15 anos!
A imagem da carinha da Beatriz, depois do Pedro e depois da Julia, vindo até mim pelas mãos do Dr. Jorge são nítidas. Eles nasceram cabeludos, roxinhos e chorões. E também ficaram quietinhos assim que chegaram perto de mim. A gente se olhou e entendeu tudo. Ficamos quietos, contemplando toda a vida que vinha pela frente, ali, segundinhos.. Cesar, eles e eu. Um de cada vez.
Caramba, 15 anos!
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