Quando a gente tem filhos, a geladeira muda - onde só tinha vinho, cerveja e queijo, que você come mesmo já meio vencido, você encontra inhame, espinafre, mandioquinha, alimentos frescos e tal. Tudo muda quando se passa a ser o responsável por outras vidas. E isso só dura para o resto delas, eu vejo pela minha mãe que se diverte nas minhas alegrias e chora os meus sofrimentos até hoje, e eu marmanja véia já... Por isso, a essência da gente é o caminho para entregar a esses caras o que a gente mais deseja para eles e chama de felicidade.
Fui até olhar o significado dessa palavra direitinho, que ficou na minha mente bem muito por esses tempos, ó: essência - aquilo que é o mais básico, o mais central, a mais importante característica de um ser ou de algo.
É relativamente simples descobrir, basta resgatar o que te faz gargalhar, as histórias que deram muito certo e nesses momentos como você estava, com quem você estava. O que te deixa à vontade, leve.
Nada disso exclui os desafios, as tristezas, mas quando você está perto da sua essência até isso te engrandece, alarga a alma ao invés de apenas arranhar o disco e ficar pulando a mesma parte, tuc, a mesma parte, tuc, a mesma parte... de coisas absolutamente desnecessárias. O sofrimento natural já é o suficiente para o processo de amadurecimento. Juro, não é preciso arrumar mais encrenca.
Então, vá em busca da sua essência, simplesmente. Não se entregue a ilusões. Humilhe-se a essa descoberta. Ensine aos seus filhos o desapego. Lote mesmo a geladeira de legumes, é o momento certo para isso. Ache os seus pares. Ache os seus pares. Cole neles e descole dos que não combinam. Lembre-se que o bacana na vida é tudo aquilo que configura o mais básico da sua história.
Acho isso duca!
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