12/01/2025

Tudo igual no bananal

 Com essa minha mania de mudar, experimentar, conhecer, lá por 2000, 2001 eu acho, tive com meu irmão uma agência de turismo. Era diferente dos modelos tradicionais, trazia a minha vivência com marketing e era pioneira em roteiros personalizados, um negócio bem legal que um dia posso contar aqui. Mas não é por isso que estou escrevendo, comecei por aí porque a DRO (era o nome da agência) me mostrou o lado B de tudo o que a gente imagina que só tenha o A. Como a gente fazia roteiros para uma turma que estava atrás de experiências personalizadas, conhecemos os bastidores de muitos lugares, desde hotéis de luxo, restaurantes caríssimos, palcos de espetáculos famosos, salas vips de diversos estabelecimentos e muitos outros lugares que enquanto clientes ou sonhadores em ser clientes a gente imagina a perfeição e óbvio, não é. Esse negócio, mesmo não tendo evoluído como a gente queria, foi muito importante e bom para mim. Foi a partir dele que aprendi a não me deslumbrar com nada, a ver que realmente ninguém é melhor que ninguém, e a ter sensibilidade para olhar para dentro dos lugares através dos dois olhos que são iguais para todo mundo.

Com a DRO descobri que nada existe do jeito que a gente vê, porque a percepção das coisas tá dentro e não fora de nós. Não existe luxo nem lixo, o que existe são seus restos ou seus blocos de construir. Por aqui uma verdade só, na morte não se leva nada.

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Gosto de boniteza, de arrumação, da moda dos anos 30. De margaridas e pérolas verdadeiras. Gosto da noite, de gente dando risada, do colorido de um prato de feijoada. Gosto de sair e de mudar, gosto de família, de amigos e com eles estar. Gosto de dança e de criança, e gosto muito, muito do mar.