Como pode ser tão difícil entender que somos a Terra e a Terra somos nós. Do pó viemos e ao pó voltaremos, é tão simples. E mesmo que ainda assim, seja esse saber uma venda em nossos olhos, impossível deixar de reconhecer que dependemos do chão para fincarmos o pé da sobrevivência e da evolução humana. Porque é do chão que iniciamos a escalada, daquilo que plantamos e colhemos, o que nos alimenta e nos faz saudáveis para sentirmos o todo, o absoluto.
Aquele que está presente em todos os seres e ares, vistos e imaginados, reluzentes ou foscos e vividos em nossos arrepios e sonhos, nos momentos em que fechamos os olhos e permitimos que ali se instale a amizade e a bondade, que nos entregamos ao flutuar do tempo e permitimos espaço para a razão irracional de nossos espíritos.
O que nos sustenta.
A sustentabilidade do homem que está na terra e nos detalhes de cada pequena parte que se expande no cosmo, pelo amor, pela responsabilidade e pelo respeito que temos com ela e, portanto, conosco mesmo. Dentro das nossas mentes sãs que não degradam ou cegam, ao contrário cuidam e enxergam, mesmo sem ver.
Integração.
A sustentabilidade do mundo começa na sustentação do nosso apoio, dos nossos corpos no chão, dos nossos olhos nos olhos dos outros, no perceber todos os seres, o ecossistema, a biodiversidade, o alimento da boca que fortalece a alma, possibilitando viver um amanhã que talvez não será nosso, neste espaço aqui, mas sendo, a partir dele, todo o espaço universal ao nosso dispor.
Sentindo e saboreando cada gota de orvalho que tempera o nosso prato da vida.
Simples.
Sendo pó. Sendo Terra.
Sendo só o universo em nós. E nós nele.
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