14/03/2011

Sousa Lima


A morte anda me rondando ultimamente. Bruuu, que sinistra afirmação... Sabe que não?

Tenho entendido a morte, e entendido com ela também os seus "antes" e os seus "depois". Claro tem ficado pra mim, que nós escolhemos a forma, e as dores ou as não dores, e Deus apenas ampara essas escolhas.

Sábado passado perdi seu Luis, um companheiro, um querido que me acolheu quando me deu seu filho mais parecido com ele, um anjo que sempre esteve perto pra ajudar a gente. A gente e "tantas gentes" que descobrimos ou foram descobertas por ele para serem melhores. Meu sogro.

Quase um ano depois do papai lá se vai nova estrela pro céu. Rápido, em uma semana, de uma queda e pronto.

Um homem demais organizado, um ser humano que soube dar, dividir, que não tinha medo de ficar sem. Um exemplo em vida e confuso quanto a morte. Meio temeroso, meio sabedor, mas que confiou mesmo assim.

E mesmo enquanto dói ainda o conhecimento do que virá em forma de saudade, o conforto só fortalece. Porque eu sei, e acredito plenamente, que sua escolha foi mesmo amparada, pois começava a seguir para um sofrimento que ele achava que merecia, só que Deus sabia que não.

Então lá se foi seu Luis, seguir, ir adiante, caminhar. Agora rápido, andando sem o rastejar daquele início da morte causado há 20 anos, provando mais uma vez que o tempo é mesmo um piscar de olhos. Lá se foi Seu Luis em direção da paz.

Dele levo o sorriso disponível, peço o seu desapego material e dou minha fé. Certa de que agora, em estrelas vizinhas, terei dois pais zelando pela minha sorte.

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Gosto de boniteza, de arrumação, da moda dos anos 30. De margaridas e pérolas verdadeiras. Gosto da noite, de gente dando risada, do colorido de um prato de feijoada. Gosto de sair e de mudar, gosto de família, de amigos e com eles estar. Gosto de dança e de criança, e gosto muito, muito do mar.