22/03/2011

Cacos

Fico olhando as pessoas, reparando nelas. Vendo seus gestos, suas maneiras de responderem aos outros, entendendo as ordens que lhe foram dadas ao longo da vida e como são cumpridas, ou não. Percebendo suas culpas, seus limites, seus largos espaços, invasivos ou ainda suas recusas e receios. Faço isso pra buscar meus próprios reconhecimentos, os bons e maus hábitos, o que gosto e não gosto naquilo que sou. É um bom exercício. Destas observações tenho retirado um saldo interessante, que segue demonstrado pela minha forma de agir, rara, num grau de boa educação que recebi e assimilei. O bom senso, que na maioria das pessoas não existe. E bom senso é coisa séria, porque não escolhe raça, grana, idade... O bom senso serve na verdade pra saber o lugar de cada um em prol da ordem, vale para respeitar os outros e também fazer-se respeitado, pois também é bom senso demonstrar que não se concorda com as suposições baratas ou a falta de argumentos. É o princípio do reconhecer que limites não são amarras e se assim for, tudo que vai, vem. Essa observação vale em qualquer situação que seja, como se quebrássemos a vida e nossa rotina em pequenininhos pedaços de dias, e deles, pedacinhos de momentos. Bom senso em cada um deles. Falta isso por aí, tá duro encontrar os cacos.

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Gosto de boniteza, de arrumação, da moda dos anos 30. De margaridas e pérolas verdadeiras. Gosto da noite, de gente dando risada, do colorido de um prato de feijoada. Gosto de sair e de mudar, gosto de família, de amigos e com eles estar. Gosto de dança e de criança, e gosto muito, muito do mar.