16/02/2011

O tempo e o vento


Andei sem tempo de tanto tempo que tive.

Tive tempo de deixar pra trás um tempo que não volta mais.

Em tão pouco e tão muito espaço de tempo, perdi alguém que o meu tempo nunca irá esquecer, e ainda sem entender um tempo cruel, reconheço que era o tempo certo.

Nesse tanto tempo ainda, tive tempo de me encontrar. E encontrar belas respostas que há tanto tempo procurava. A casa, a maior procura de todos os tempos. A ocupação, a companhia, a razão, a tristeza e a alegria, que não têm um tempo, têm pra si os seus próprios tempos.

Demorou um bom tempo, mas eu entendi.
Hoje eu vou no tempo que posso, e deixo o vento soprar no meu rosto.

Ganho assim todo o tempo do mundo.
Tempo e vento de vida. Até o tempo que for preciso.

Um comentário:

M.Tereza disse...

Há quanto tempo, Cice! Tempo bastante para sentir saudades de seus posts! Acho que eles ficam gestando no seu coração e na sua cabeça e, quando nascem, vêm à luz já com luz própria...iluminados, maduros e "veríssimos" como este.
Beijos!


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Gosto de boniteza, de arrumação, da moda dos anos 30. De margaridas e pérolas verdadeiras. Gosto da noite, de gente dando risada, do colorido de um prato de feijoada. Gosto de sair e de mudar, gosto de família, de amigos e com eles estar. Gosto de dança e de criança, e gosto muito, muito do mar.