15/05/2010

Chile, nós e os amigos

É a segunda vez que venho ao Chile. E que bom que é isso. Ir pela segunda vez em algum lugar te dá a chance de ver as coisas com calma, de participar das rotinas, de não sentir-se culpada por deixar de ir olhar um ponto turístico, e olhar os costumes.

O Chileno é esquisito. Baixos e quietos os serviços são deixados sem muita atenção. As lojas por aqui requerem sua disposição de comprar, e não a deles de vender. Mas como ha sempre uma exceção pra tudo, ontem jantamos Guilherme, Di, César e eu em um local completo. Lindo lugar, saborosa comida, excelente serviço e um vinho daqueles de desejar que a botella não acabe nunca. O nome? Puerto Fuy. Recomendo.

Por aqui é impressionante a recuperação do país pós terremoto. Três meses depois Santiago não demonstra sequer que tal tragédia aconteceu, e outros locais mais atingidos estão amparados, e totalmente em reconstrução. O fato ficou na lembrança das pessoas apenas, e que é o suficiente para entendermos que não foi fácil estar por aqui naqueles dias.

Mas tenho pra mim, que esses momentos dolorosos, também enchem o pais de orgulho. As pessoas enchem o peito pra defender seu território, suas naturezas e seus lares. Se unem e se solidarizam. Foratalecem-se.

Dessa vez estou na casa de amigos, queridos amigos, mais que isso padrinhos de casamento. A gente tava com saudades deles e eles da gente. Sei disso pelos abraços, pelas conversas em volta da mesa e por não conseguir sequer pegar um copinho de água, que já sou paparicada. A Di e o Gui vieram pra cá há quase um ano, já. Eles, seus picutas Giovanna e Arthur, a Nilda e os cachorros da Di. Vieram e souberam se adaptar, respeitaram as dificuldades, e agora saboreiam os prazeres. Esquiam, possibilitam às crianças uma educação versátil, Di voltou a saltar na hípica, aculturam-se e fazem amigos. E o vinho junto nas comemorações.

Olhar pras cordilheiras, ir as compras e encontrar preços especiais (não há impostos em eletrônicos por aqui), caminhar pelas ruas bem organizadas, desenhadas, e limpas, das galerias e livrarias. Almoçar nas vinhas, admirar as lápis lázulis, dar boas risadas, atualizar os papos, levar lembranças, e estar ao lado do César foi minha viagem dessa vez. Mesmo com uma pitada de compromisso profissional, vou embora com a plena sensação que tirei umas férias da correria, e escolhi o lugar certo pra isso.

Deixo o Chile rezando pelos meus amigos aqui, pela paz de sua natureza, pelo desempenho de um país gostoso e belo, que esse ano voltou até a disputar a copa do mundo, depois de muitos anos.

E até a volta.
Gracias.

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Gosto de boniteza, de arrumação, da moda dos anos 30. De margaridas e pérolas verdadeiras. Gosto da noite, de gente dando risada, do colorido de um prato de feijoada. Gosto de sair e de mudar, gosto de família, de amigos e com eles estar. Gosto de dança e de criança, e gosto muito, muito do mar.