19/08/2011

Nesses tempos

Ando meio indignada, decepcionada, chateada com os tempos de hoje. As pessoas estão deixando a vida passar de qualquer jeito. Os pais têm desistido de educar os filhos. Ficam jogando essa tarefa pra escola, pra aula de equitação, de golf, de peteca, de línguas e filosofia para crianças de 3 anos, como se isso fosse mais importante pra eles ao longo da vida, do que apenas ficarem juntos, quietos, sem fazer aula de nada, mas com suas famílias e com amor...
Os profissionais não respeitam mais os seus juramentos, é um tanto faz tão catastrófico que nada mais importa, a não ser viver discutindo o indiscutível, o mais do mesmo, a punheta egocêntrica do eu entendo o mundo, e sei melhor do outro do que ele mesmo. A pergunta que faço é como se entende algo que nem se enxerga. Que os olhos nem desejam. Que o egoísmo nem permite? As pessoas passam umas em cima das outras nesses tempos, com seus narizes empinados, seus peitos inflados, seus sobrenomes de empresa ou seus cús nas mãos, por medo de perderem seus salários, ou poses. Achando-se poderosos no meio do lixo.
A lei é apenas pensar em si mesmo. É verdade que para amar o outro você deve primeiro saber amar-se, mas isso aí tem um porque, que atualmente ninguém sequer imagina. Você aprende a amar a si mesmo para conseguir entender e retribuir amor. Mas hoje o tal do eu é tão maior que o outro, ninguém tá nem aí com ninguém. Às vezes eu penso que deve ter sempre sido assim, eu acho... mas agora é tão naturalmente assim. Faltam respostas às perguntas, e então tá. Mesmo as mais singelas, como: tudo bem?- não há resposta e pronto. Displicência com a vida alheia, com o respeito ao próximo, mascarada de modernidade, novos tempos e heroísmo. De verdade ando bem cansada de aturar esses heróis. Chuto o saco deles, ou a boca, e mantenho a minha vida sem graça - de educar meus filhos, responder bom dia, dirigir-me ao outro com respeito e acreditar que as pessoas são mais importantes do que coisinhas ou coisonas. Prefiro! Falei e disse.

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Gosto de boniteza, de arrumação, da moda dos anos 30. De margaridas e pérolas verdadeiras. Gosto da noite, de gente dando risada, do colorido de um prato de feijoada. Gosto de sair e de mudar, gosto de família, de amigos e com eles estar. Gosto de dança e de criança, e gosto muito, muito do mar.