12/07/2010

não esqueça sua almofadinha

Tenho a sensação de que voltei de uma viagem longa, feita em cima de um pau de arara. Fiquei um tempão bem dolorida, incomodada, não sabendo porque a estrada tava cheia de tanto buraco. Durante esses longos dias, que arrastaram meu conforto, me confundi várias vezes perdida em mim mesma, achando que estava perdida no caminho. Queria chegar num lugar pensando que lá seria melhor, e ficava lamentando no meio daquele chacoalhar da vida. Hoje tenho certeza de que mesmo querendo culpar o caminho, o erro era meu e as decisões que vinha tomando. Os atalhos que fui procurando em outras estradas. Descobri também que fiquei por tempo demais ao lado de bobos e bobagens, de bestas e besteiras, de bananas e banalidades, e que a vida cobra o nosso despertar, diariamente ou de uma só vez, como no meu caso. Se aprendi tudo? Nem tenho essa pretensão, mas posso dizer que tô enxergando melhor, que depois desse balançar pra lá e pra cá , de me equilibrar no meio da poeira, tenho bem sabido filtrar o que verdadeiramente não me interessa, e ficado satisfeita com minhas escolhas, que agora estão bem mais simples, bem menores do que eu imaginava que elas deviam ser. Um alívio.
O que realmente interessa? O que realmente vale a pena? O que realmente é importante?

Esse é o único mapa que faz a viagem ganhar uma gostosa almofadinha.

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Gosto de boniteza, de arrumação, da moda dos anos 30. De margaridas e pérolas verdadeiras. Gosto da noite, de gente dando risada, do colorido de um prato de feijoada. Gosto de sair e de mudar, gosto de família, de amigos e com eles estar. Gosto de dança e de criança, e gosto muito, muito do mar.