21/10/2012

poema da menina viajante

De véspera fico animada,
capricho de saia rodada,
ando toda emprumada,
com cara de embasbacada.

Viajar é mesmo tão bom,
flutuo por todo esse chão.
Não nego dentro do peito
o tum tum do meu coração.

Dou volta no quarteirão,
seguro no corrimão,
e como todo o feijão.

Pra disfarçar um pouquinho,
ando de frente e de ré,
coço o dedão do pé,
esmago o meu chiclé
e até limpo a chaminé.

Com cara de felicidade
sonho com a outra cidade.
Com o que vou ver e ouvir,
passar e poder sentir.

São as coisas boas da vida,
deixar de olhar pra barriga.
Sair, passear, viajar.
Fazer novas amigas.

Bem lá longe
o mar espera espumante.
Danando esse viajante,
nem precisa de avião,
anda por todo o lado,
por todo esse mundão.

Bonito que só ele é,
e eu com cara de ué,
queria saber como faz
pra sair sem os seus pais.

E o mar sabido me diz,
que o mais bacana e feliz,
é viver assim de alegrias,
com caras, bocas e rimas,
cercado de nossas famílias.

Olhos de curiosidade,
seja qual for a idade,
seja quem for, ele gosta.
Vai em todas as apostas.

Então eu entendo a verdade
de viver com liberdade,
e me preparo lindona,
eu, quem me queira e sonha.

Com dias de sol e de vento,
pro meu melhor passatempo.

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guardadinho

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Gosto de boniteza, de arrumação, da moda dos anos 30. De margaridas e pérolas verdadeiras. Gosto da noite, de gente dando risada, do colorido de um prato de feijoada. Gosto de sair e de mudar, gosto de família, de amigos e com eles estar. Gosto de dança e de criança, e gosto muito, muito do mar.