12/12/2011

Susto

E assim, de repente, de um minuto a outro, a vida dá uma virada. A saúde, no mais fofucho dos clichés, é mesmo a nossa maior dádiva. Porque sem ela, tudo vira relativo, dá mais ou menos pra fazer, derramam receios, dores, apreensões. E não adianta falar, mas é igual e seguido de outro bom cliché, que só se sabe um filho quando se tem. Nesta sexta-feira, dia 09 o Cesar acordou, em casa, ótimo e dormiu (modo de falar com aquela tamanha dor) mal à beça num hospital, numa véspera de cirurgia que ele sequer imaginaria que iria se submeter, tão pouco eu. Num segundinho o telefone toca e te pedem pra ir urgente a um hospital ver o que está acontecendo com o seu marido. Graças a Deus a história do Cesar termina bem, quer dizer, ainda temos alguns pontos em aberto, mas a verdade é que mais uma vez fomos agraciados por descobrirmos tudo a tempo. Uma crise renal, gerada por uma dupla obstrução dos canais que levam a urina à bexiga, e um trisco pra perder as funções do rim e viver dependente de diálise. É, mole? Pois é, assim, sem mais nem menos. E sem sequer ter sentido durante 51 anos uma única cólica que pudesse explicar esse desfecho. Enfim, a proposta é que nos cuidemos, que vigiemos nosso corpo, nossa mente, nossos organismos. Que respeitemos os limites, e sobretudo que deixemos uma permissão assinada na cabeceira da nossa cama, todos os dias cedinho: ser livre, leve e feliz. A vida é mesmo e muito, feita dos pequenos momentos. Oxalá, meu gordo tenha muitos deles ainda pela frente.

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Gosto de boniteza, de arrumação, da moda dos anos 30. De margaridas e pérolas verdadeiras. Gosto da noite, de gente dando risada, do colorido de um prato de feijoada. Gosto de sair e de mudar, gosto de família, de amigos e com eles estar. Gosto de dança e de criança, e gosto muito, muito do mar.