25/06/2011

em busca da felicidade.

E pelos dias eu sigo, me olhando em espelhos hora ainda como a menina que me acompanha, mas na maior parte do tempo como a mulher que me tornei. Tem coisas que mudam a gente, que nos obrigam lembrar que, mesmo quando tudo está bem, a tristeza serve pra te emocionar e fazer você seguir pelo caminho novo. O tempo vai te trazendo tristezas pra te ajudar nisso, na escolha certeira do lugar que você precisa estar pra encontrar alegria. Cheguei mesmo numa conclusão que, cada vez menos, questiono se é justa - junto da tristeza se escreve um caminho feliz. Entendo, agora, os mestres da escrita, tão solitários, agoniados em seus poemas, espremidos em suas rimas e textos. E que bela felicidade devem ter encontrado. Então, parei de discutir com a criança. Hoje aprendo com ela e deixo-a vir, mas faço também ela ir. Ir além dos meus simples desejos de canções de roda. Ando em par com um amadurecimento voluntário, que decidiu tomar posse do meu rosto pela saudade doída, pelas decepções de cá e lá, pelas sombras de minha alma adulta, e só assim consigo fazer construir o que de verdade tem me permitido enxergar alegrias. Choro o sofrimento do tempo, que sabe fazer-me feliz.

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Gosto de boniteza, de arrumação, da moda dos anos 30. De margaridas e pérolas verdadeiras. Gosto da noite, de gente dando risada, do colorido de um prato de feijoada. Gosto de sair e de mudar, gosto de família, de amigos e com eles estar. Gosto de dança e de criança, e gosto muito, muito do mar.