05/08/2010

Cice Teresa de ah, tá!

A cada lugar que vou faço um amigo. Não é exibicionismo, juro - é isso mesmo. Verdade é, que escolho se os quero, e isso eu sei que preciso melhorar. É que sei lá, minha intuição me aponta pra quem precisa ouvir algo que eu possa falar naquela hora, ou apenas para alguém que quer falar algo que eu possa ouvir. E assim, uma simples atenção, vira sorriso a cada 5 minutos de alguém que sequer você conhecia a 5 minutos também. Eu prefiro ouvir histórias, quaisquer delas, as felizes e ingênuas mas também aquelas com fundo de muito sofrimento pra entregar um pouco de brincadeira da vida. Nessas duas semanas, esbarrei com uma mãe que perdeu sua filha mais velha, vítima do câncer e um menino de 21 anos, depressivo, ex-drogado que tentou o suicídio. Aos dois entreguei alegria e consegui os ver sorrir. Vi os dentões deles aparecendo e gostei. De um jeito não suficiente, mas possível para o momento, sei que tirei as angústias daqueles olhares, e mesmo por tão pouco tempo, voltei pra casa feliz da vida, e mais ainda feliz da minha vida. Ultimamente tenho tido vontade de ajudar, ajudar, ajudar. De ser mais tolerante, menos crítica. Vou na missa e fico por um triz pra me oferecer fazer parte da comunidade. Tenho estado atenta às qualidades dos outros, e tentado montar um jogo de como os defeitos poderiam estar melhores. Sei também que não faço isso porque uma luz branca raiou sobre a minha cabeça e cá estou eu, Cice a santa. Qual o quê. Tenho percebido que quanto mais doamos, de verdade, mais temos, e que o exercício da gentileza gera a gentileza é duro, mas eficaz. Como não sou boba nem nada, continuo querendo as mesmas coisas que sempre quis, materiais inclusive, mas agora de um outro jeito, mais simples talvez, mais fáceis talvez, por isso procuro fugir das minhas armadilhas do mal. Aquelas que me fazem ser grossa com as pessoas, rude, impaciente. Luto contra um jeito italiano e encrenqueiro que me deu muito, mas não tudo o que eu queria. Na verdade estou apenas admitindo um dom que tenho, o de gostar de gente. Rezo pra conseguir.

Um comentário:

gri disse...

"6 – Se eu falar as línguas dos homens e dos anjos, e não tiver caridade, sou como o metal que soa, ou como o sino que tine."

http://evangelhoespirita.wordpress.com/capitulos-1-a-27/cap-15-fora-da-caridade-nao-ha-salvacao/a-caridade-segundo-sao-paulo/


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Gosto de boniteza, de arrumação, da moda dos anos 30. De margaridas e pérolas verdadeiras. Gosto da noite, de gente dando risada, do colorido de um prato de feijoada. Gosto de sair e de mudar, gosto de família, de amigos e com eles estar. Gosto de dança e de criança, e gosto muito, muito do mar.